Olhando para a história, tropeçamos em uma profunda verdade: a igreja estava destinada a ser, em primeiro lugar, uma organização de voluntários. O poder da igreja verdadeiramente é o poder de todos, como homens e mulheres, jovens e velhos, oferecerem seus dons para o cumprimento do plano redentor de Deus.
Jesus propositalmente tomou uma decisão estratégica ao convidar Pedro, Tiago, João e outros discípulos para que o ajudassem a propagar as novas do Reino. Ele poderia ter construído seu ministério de outras formas. Poderia ter continuado a agir sozinho.
Poderia ter insistido para que todos os seus seguidores fizessem um estágio em missões de tempo integral de dois ou três anos durante sua primeira década de discipulado.
Entretanto, Jesus preferiu promover sua obra contando, primeiramente, com pessoas comuns que vivem no mundo real da família, dos negócios e da comunidade. Ele acreditava que as mesmas habilidades usadas para fazer vasos de barro, arrebanhar animais e assar pão poderiam promover o Reino de Deus.
O apóstolo Paulo sentiu tão fortemente o chamado para ser um voluntário que, em I Coríntios 9, fez as pessoas se lembrarem de que ele mesmo era um voluntário. Ele se sustentava fazendo tendas para que pudesse servir como pastor e líder sem se tornar um dreno financeiro para a igreja.
O Reino de Deus não pode avançar só por meio dos esforços das estruturas engessadas. Creio que a Igreja é a esperança do mundo. Mas essa esperança está na disposição de voluntários de todos os estilos de vida — médicos, professores, mães que ficam em casa, executivos, universitários, enfermeiros, avós, engenheiros aposentados, carpinteiros, dentistas, cabeleireiros, colegiais, balconistas de mercearias — de serem mobilizados, capacitados e usados por Deus.
Juliano Fabricio