Estou convencido de que, embora a mensagem de Jesus fosse pessoal, ela não era privativa.
Também estou convencido de que ela tem tudo a ver com as questões públicas de um modo geral, e com questões políticas em particular. Inclusive com economia e ajuda aos necessitados.
Estou convencido que, se as boas novas de Jesus fossem publicadas em um jornal de nossos dias, não ficariam restritas à seção de religião. Mas seria o tema principal em todas as seções,
desde as notícias internacionais (Qual é o caminho para a paz, e como estamos reagindo para com nossos vizinhos necessitados?)
até as notícias nacionais e locais (Como tratamos nossas crianças, nossos pobres, as minorias, os marginalizados, rejeitados ou perdidos? Como tratamos os nossos inimigos?),
passando pela seção de comportamento e estilo de vida (Amamos nosso próximo e nos esforçamos ao máximo para unir as pessoas?)
pela seção de alimentação (Nossa alimentação reflete consideração com o planeta do Criador e com nossos vizinhos pobres? Convidamos algum deles para o jantar conosco recentemente?),
pelas seções de entretenimento e esportes (Qual é o sentido de nosso entretenimento, e que valores estamos reforçando nos esportes?),
e até pela seção de negócios (Estamos servindo ao Senhor errado, isto é, ao dinheiro em vez de DEUS?).
Em minha educação religiosa não me ensinaram acerca das dimensões, pública e política da mensagem de Jesus. (Somente a respeito do aspecto pessoal e das demais dimensões privadas). Sim, Jesus me ama e queria que eu fosse bom com minhas irmãs e obediente aos meus pais. Porem a idéia de Jesus de que Deus ama os inimigos do meu país, e de que, conseqüentemente, nossa política exterior deveria refletir este amor, esta idéia jamais passou pela minha cabeça. Em algum momento, no entanto, comecei a perceber que estava perdendo alguma coisa. Naquele exato instante, acredito que tenha começado a ter uma tênue e ainda turva percepção acerca da mensagem totalmente subversiva do Reino de DEUS através da fala de Jesus.
Juliano Fabricio
em processo de convencimento...