Segundo Schaeffer, em Poluição e a Morte do Homem, as palavras possuem duas características básicas que usamos para interpretá-las – definição e conotação.
A conotação continua seu curso, não importa o que se faça com a definição. O homem moderno confunde e procura ignorar a definição das palavras religiosas, porém, de qualquer modo, gosta de tirar proveito da força de sua motivação e conotação.
É muito difícil nos dias de hoje falar sobre a boa-nova do Reino dentro de uma igreja porque os termos utilizados nos evangelhos e nas cartas estão imbuídos de nova e lastimável definição. As teologias modernas foram capazes de distorcer completamente palavras e conceitos ensinados por Jesus e seus primeiros discípulos, tirando, no entanto, grande proveito de sua conotação.
Textos como:
tudo posso naquele que me fortalece,
recebereis poder,
batizados com o espírito,
faça prova de mim,
maldição,
bênção,
santidade...
todos têm em nossas igrejas uma conotação cristã, santa, bíblica, mas todos perderam absolutamente sua definição original.
Para que possamos entender o que está escrito, precisamos de um profundo trabalho de desintoxicação evangélica. Caso contrário, por mais que a conotação permaneça cristã aos ouvidos mais inocentes, a definição será cada vez mais pagã.
Juliano Fabricio
seguindo atrilha