NÃO aceito que estamos vivendo no melhor mundo possível,
NÃO sou fatalista (os religiosos entenderão),
NÃO gosto do chamado elitismo entre os crentes (cheira mal),
NÃO busco nenhum privilégio divino (o mundo sofre... crianças, negros e pobres gemem e morrem. Diante dos horrores da história, abandonei a pretensão de ser abençoado. Qualquer prece, com um mínimo de senso ético, deve considerar esses acontecimentos. Quem se atreveria a furar a fila da bênção onde esperam os que estão à margem?)
NÃO discrimino pessoas que pensam diferente (algumas, só acho chatas mesmo),
NÃO me apoio em méritos para obter bênçãos,
NÃO tenho um Deus lá fora que aparece de vez em quando (esse deus que aparece de vez em quando, só comparece se for muito bajulado),
NÃO torço pelo inferno (qualquer um),
NÃO quero converter ninguém à certeza, mas ao amor.
ENFIM...
OPTO pelo diálogo acima do monólogo (quer marcar um café é só falar, pois não faço isso por redes sociais),
TENTO revelar DEUS nas minhas iniciativas encarnadas (nem sempre consigo),
PREFIRO construir pontes e não muralhas,
RECONHEÇO Deus ao lado do oprimido e não do opressor,
GOSTO da companhia de gente simples e singela,
SOU pacifista como opção existencial,
ALMEJO combinar graça com ternura (acho que as duas andam de mãos dadas),
ENTENDO o caminho de Jesus repousando sobre a amizade e
ESTOU tentando cuidar do planeta antes que seja tarde demais.
Tenho uma missão que é puro prazer:
amar é ser amado pela minha esposa
e cuidar e ser cuidado pelos meus filhos.
Porem um grito em minha alma ainda me perturba, repetindo a frase que vez ou outra ouço Na música do U2:
[“But I still haven’t found what I’m looking for”]
[Mas eu ainda não encontrei o que eu estou procurando].
Agora vejo em parte, porem o que vejo já me consola e agradeço também ao Oswaldo Montenegro que conseguiu me traduzir com tanta propriedade:
“Eu já era o que sou agora, mas agora gosto de ser”
[...uma busca constante...]
Juliano Fabricio
Em construção...