A implantação do reino de Deus, conforme apregoado pelo filho do carpinteiro, representava uma ameaça a todos os sistemas de controle, porque requeria essencialmente um mundo de pares e irmãos, uma fraternidade de “próximos” – um mundo que renunciasse a todas as formas de dominação. [isso tem nome: AMOR]
Ao proteger a mulher apanhada em adultério de seus algozes masculinos, Jesus chegou a relativizar a própria letra da Lei, argumentando basicamente que a universalidade do pecado deveria produzir não uma demanda universal por uma justiça estrita que ninguém é capaz de honrar, mas uma postura universal de misericórdia – lição que aprendemos a esquecer tão logo foi pronunciada. (que pena!!!)
E nada permanece o mesmo depois de ser tocado pelo amor.
Numa palavra, Jesus promulgou a supremacia do amor: apenas o amor deve e pode ser usado como bússola em todos os relacionamentos interpessoais. Todas as formas de dominação devem cair por terra diante desse regime de graça e aceitação, porque “o maior passa a ser quem serve”, e “não há maior amor do que dar a vida pelos amigos”. Num mundo onde todos são irmãos, toda generosidade é gratuita; a boa vontade não precisa ser extorquida pelos métodos usuais de dominação e temor, desejo e recompensa.
O amor mudava tudo,
e foi desse modo que os discípulos entenderam a coisa.
Juliano Fabricio
desbravando a